17. FULKER
CAPÍTULO DEZESSETE
❛ fulker ❜
Obs: Quando eles falam em itálico, estão se comunicando por meio de linguagem de sinais.
POV PERCY
COMEÇAMOS A FUGIR daquele trem, aquela mulher nos seguia bem de perto com seu monstro atrás de nós.
Eu sei que tudo é muito precipitado e talvez você não entenda o que está acontecendo, mas vou explicar.
Tudo começou há algumas horas quando um agente se aproximou de nós, nos levando até nossa cabine, notando que tudo estava completamente destruído.
Ficamos perplexos porque claramente não fomos nós, mas quem fez isso?
Asteria estava na minha frente sentada com Grover e Annabeth enquanto contava a Grover sobre o que era o filme Hércules.
O rosto confuso de Grover era o melhor.
Quando de repente uma mulher se aproxima de nós para falar conosco sem ser relevante.
Senhora, vá tricotar ou o que quer que as mulheres da sua idade façam, para poder tirar essa jaqueta feia.
Ao lado dela estava uma jovem ruiva vestindo uma jaqueta de couro preta, vestido branco e botas de estilo militar.
E ao lado da idosa havia uma espécie de transportador de animais de estimação que não parava de se mover.
Ameaçamos a mulher, mas ela era Equidna, a mãe de todos os monstros.
Ótimo, não tenho a sorte de ganhar na loteria, mas tenho a sorte de ter pessoas querendo me matar todas as vezes.
O ser com a mochila deu-lhe uma cauda estranha que acabou me atacando e me acertando no ombro então começamos a fugir do local.
Esse é o contexto.
Agora somos quatro crianças andando pelas ruas de San Liis fugindo daquela mulher.
Cada parte do meu corpo doía e Asteria percebeu isso porque ela veio para o meu lado tentando me dar água ou comida para me ajudar.
Tentei fingir meu melhor sorriso, mas não consegui, fiz uma careta por causa da dor.
Annabeth nos levou ao arco do Portal, que acabou sendo um monumento à sua mãe, a Deusa Atena.
Entramos no local e ficamos olhando as pessoas já que supostamente tínhamos ido até lá em busca da ajuda de Atena.
A ferida estava me afetando demais, então eles tentaram, como última opção, derramar água da fonte em mim para ver se me curaria como naquela vez no acampamento, mas não aconteceu.
As pessoas, como sempre, olharam para nós de forma muito estranha.
— Agora você parece um peixinho. — Asteria me disse tentando acalmar o clima e como pude dei um beijo em sua testa e voltamos a entrar no monumento. Asteria segurando minha mão.
Estávamos todos juntos e íamos entrar em uma cabine mas um grupo de pessoas passou entre nós, nos desorientando.
Quando voltamos ao normal percebi como ninguém segurava mais minha mão, olhei para baixo e Asteria não estava mais lá.
Eu também não estava com Grover ou Annabeth e naquele momento senti que poderia morrer ali mesmo.
POV NARRADOR
Asteria ficava estressada com tanta gente junta, não é que ela não gostasse de gente mas quando juntam todas e não deixam espaço ela fica estressada facilmente.
Quando as pessoas se dispersaram ela notou que Percy não estava lá, nem Grover ou Annabeth, ela estava sozinha.
Ela estava no monumento quando percebeu algo se aproximando do local.
A garotinha se escondeu observando como aquela mulher do trem aparecia junto com seu cachorrinho.
Essa mulher precisa de um estilista melhor, Asteria pensou, olhando como ela estava vestida mas notou que a ruiva do trem não estava lá.
Saiu com cuidado, pensando que precisava subir, que seu irmão e seus amigos estariam em perigo.
Antes de fazer isso, alguém tocou seu ombro, revelando a ruiva de antes e Asteria só se assustou, tentando fugir.
— Não, Asteria, acalme-se, meu nome é Carrie e vim para protegê-la. — a mulher diz a ela em sinais. — Meu senhor me pediu para protegê-la e tirá-la daqui.
— Quem é seu mestre? — pergunta a garotinha com curiosidade.
— O mesmo que te deu aquele colar que você está usando. — ela diz e a garotinha abriu a boca surpresa.
Hades sabia que ela existia!
Se não fosse pelo que estava acontecendo com Percy, teria sido um ótimo dia.
— Preciso tirar você daqui. — a ruiva repete novamente mas Asteria permanece imóvel. — Vamos lá.
— Como posso saber que você está falando a verdade? — a menininha pergunta, cruzando os braços.
— Asteria, não dá tempo, precisamos ir. — repete novamente.
— Mas Percy... — ela diz olhando para cima e a mulher suspira.
— Vai ficar tudo bem, eu juro. — Asteria assente e a mulher consegue tirá-la do monumento a tempo porque alguns minutos depois acontece uma explosão no topo do monumento.
— Percy! — a garota tentou ir mas a fúria a impediu quando ela apontou o que estava acontecendo.
As duas viram como a água o puxou em direção ao rio e Percy caiu.
— Vai ficar tudo bem, é território do seu pai. — Carrie responde. — Escute, Asteria, meu trabalho está quase terminado, mas meu senhor me disse que devo lhe conceder algo delê.
— O que seria... — antes que ela pudesse terminar a frase apareceu um pequenino... — É um lobinho.
Um cachorrinho preto estava nos braços da ruiva que o entregou a Asteria.
— Antes é um cachorro do inferno, é um cachorrinho, tem apenas um mês embora pareça ter um ano, mas é treinado para ser seu protetor e seu guardião. — comenta a fúria enquanto Asteria continuava olhando para o cachorrinho com ternura. — O nome dele é Fulker, cuidem-se ambos.
— Eu prometo. — Asteria diz animadamente antes de fugir com o cachorrinho nas mãos.
Quando elas se afastaram, Asteria viu que havia policiais, ambulâncias e outros no arco.
A garotinha se afastou, chegando a um passeio próximo ao rio.
— Olá, Fulker. — disse a menina, fazendo sinais para o cachorrinho embora soubesse que ele não iria entendê-la. — Eu sou Asteria.
O cachorro lambeu o rosto da menina fazendo-a rir das cócegas.
Quando ela se acalmou procurou seus amigos, Grover encontrou Annabeth que ao vê-la correu em sua direção.
Grover foi o primeiro a chegar ao nível dela e abraçá-la. — Estávamos com medo, você está bem?
Asteria acena com um sorriso no rosto.
Annabeth a abraçou também, só que com menos força do que Grover, até que ela notou o cachorrinho preto. — E aquele cachorro?
— É meu. — diz a garotinha com um sorriso. — E Percy?
Os três olharam para trás vendo como alguém saiu da água, notando aqueles cachos loiros.
Era Percy.
— Olá. — ele sussurrou para seus amigos com um sorriso inocente até ver Asteria. — Pequena sereia?
Percy está quase lá para correr até onde sua irmã estava, agachando-se até a altura dela e abraçando-a.
— Você me assustou demais, pequenina. — diz o menino, dando repetidos beijos na testa da irmã. — O que aconteceu? Você está bem? Onde você estava? E...
Percy agora viu o cachorro nos braços da irmã, perplexo quando a menina falou.
— Hades me deu. — diz a menina, deixando o menino surpreso.
POV PERCY
Hades, você não gostaria de me adotar também?
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